quarta-feira, 26 de maio de 2010

VIDA DE ELECTRÃO Episódio 2

O líquido lubrificante, onde estava a molécula de enxofre que me mantinha activamente na sua órbita, foi absorvido pelo organismo ou seja: a corrente sanguínea que passa na zona vai absorvendo este líquido, incorporando-o no plasma sanguíneo, faz lembrar os autocarros que vão levando as pessoas do trabalho para casa.
No plasma do sangue é que é vida! Fica-se a conhecer montes de moléculas e alguns átomos: é um meio urbano com moléculas originárias de todo o lado, muitos têm ligações químicas estranhas, outras são sofisticadas, até drogas aparecem. As drogas, conhecidas por: moléculas psicoactivas são as melhores para conhecer o sistema nervoso.
No sistema nervoso, os electrões são uma força de intervenção em todo o organismo, ali os electrões são usados como tropas especiais do cérebro no corpo humano: são eles que provocam codificações e descodificações, então no sistema nervoso central, a malta une-se de forma a sermos responsáveis por grandes ideias, que jorram através daqueles neurónios todos no cérebro, pode-se dizer que somos os projécteis que desencadeiam todas as reacções de controlo e reparação que a CIA (leia-se cérebro) provoca no organismo. Contaram-me isto! Ainda não saí do plasma sanguíneo! Quem me contou foi um electrão da camada externa de uma família (átomo) de sódio, pertencente a uma ligação de cloreto de potássio.
Entretanto fui transferido para uma ligação covalente numa molécula de hemoglobina, esse agregado de famílias complicadas, (leia-se átomos agregados de forma complexa), acabei destacado numa orbital ligada ao ferro e deram-me a missão de ajudar a capturar um átomo de oxigénio: para isso temos de ter condições de trabalho! Os gases pulmonares, enviaram-me um CO (monóxido de carbono) que eu captei logo! Foi inconsciente, pois tenho 30 vezes mais facilidade em captar uma molécula destas, do que um oxigénio, não consigo resistir a essa selecção, é da minha natureza fazer sempre os trabalhos que me são mais fáceis, nunca faço os mais difíceis. A molécula de hemoglobina até mudou de cor com a raiva, mantiveram-me numa orbital exterior como castigo, mas…
A culpa foi do organismo! Respiraram tabaco misturado com ar! Veio-se a saber mais tarde, pois muitos outros outros CO’s foram apanhados, em vez do oxigénio. São armadilhas a que um electrão está sujeito em certas missões!


Bloggersapao

1 comentário:

  1. Anónimo5/26/2010

    Sapão, você devia mesmo entrar em órbita e fazer uma viagem intergaláctica... No macro e não no micro!

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