domingo, 2 de maio de 2010

A PIADA DA DESGRAÇA

Um rapazinho chamado Zeta, nasceu do fruto de uma cópula fortuita, entre uma linda miúda de olhos verdes que no seguimento de uma ida à discoteca, se cruzou com um rapaz de olhos castanhos claros. Este, embebido em duas snifadelas de coca e dois vodkas laranja, estava especialmente dotado de uma verbalidade convincente, tendo direccionado a miúda para uma snifadela potente, que a deixou humidamente disponível para os seus fins.



O Zeta era um rapaz afável e cumpridor dos seus deveres, tinha uma mãe muito querida e curtida, no entanto não fazia a ideia de quem era o pai.


A escola ia razoável e no nono ano de escolaridade, as hormonas armaram o rapazinho de novas visões do sexo oposto. Certa tarde primaveril, enquanto fazia um trabalho de grupo com uma colega, no meio daquela troca de ideias e motivações, o Zeta vê-se de repente abocanhado por um beijo húmido e envolvente que se prolongou pela eternidade de uns cinco minutos, foi lambido do queixo à testa e sem perceber bem viu-se colado à pélvis da colega.


O fluído quente e súbito fugiu-lhe rapidamente para dentro dela, sem qualquer controlo. Aquele processo biomecânico tinha provocado nela uns aa aa aa ais convincentes.


Passado um mês e várias repetições de trabalhos em grupo, surgem umas borbulhinhas nos lábios do rapazinho que degeneraram em feridas proeminentes, tendo-o tornado no alvo da chacota dos colegas.

Dois meses depois, a colega que gostava do seu fluído quente e viscoso informou-o que estava grávida.

O Zeta pensou que era treta, mas ela não se ria! O Zeta contou à mãe, muito aflito, pois só tinha 15 anos. A mãe era muito atarefada, ganhava bem numa empresa de consultadoria, tinha muitas despesas com o consumo de coca, era o que lhe dava vida e reputação, no entanto conseguiu disponibilizar algum tempo para ajudar o filho, dizendo-lhe que se prontificava para ir com a menina ao hospital fazer o aborto.

Numa tarde quente de Junho lá foi o Zeta e a mãe  acompanhar a menina ao hospital: na entrada, quando passavam junto à máquina do Multibanco, um grupo de quatro homens e uma mulher, de caras tapadas, entraram e dispararam para quem estava a olhar, arrastaram a máquina do Multibanco para dentro de uma ambulância amarela e partiram. No chão ficou a mãe e a menina mortas, num banho de sangue, o Zeta não sentia as pernas.Passados dois anos, estava o Zeta de cadeira de rodas numa instituição para sem abrigos, quando veio a Judiciária ter com ele, informá-lo que tinha de ir a tribunal depor sobre o seu caso.
Um ano depois estava resolvido o caso, ficava a saber pelas análises ao ADN que quem tinha disparado era o seu pai, cocaínomano que vivia de forma incerta e não tinha dinheiro para pagar indemnizações.
O Zeta passados seis anos, é conhecido por Dr o bioquímico, trabalha para um cartel, que à pala do ancestral costume índio de mascar folhas de coca, desvia uma grande parte da plantação para os seus laboratórios, onde fazem a verdadeira pedra que há-de ser trabalhada para ser vendida nos mercados Europeus, onde os cidadãos têm direitos suficientes para o negócio prosperar.
È assim a vida.

Bloggersapao

1 comentário:

  1. Anónimo5/15/2010

    Sapão, diria mesmo... você é o verdadeiro Profeta da Desgraça... em carne e osso, viu?!
    A ingestão duma poçãozinha Duidiz Panoramix desse tal fluidinho para você, todos os dias, ao levantar, transformaria você dum sapão em príncipe, acredite!

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