sexta-feira, 14 de maio de 2010

CAFÉ E RELIGIÃO

O Papa Bento XVI no Vaticano, ao pequeno almoço, toma sempre uma chávena de café!
Segundo a tradição, um pastor das terras altas da Etiópia, observou que as suas cabras ficavam mais espertas quando comiam as folhas e os frutos daquela planta que veio a ser apelidada: cafeeiro. O pastor provou e sentiu que tinha ficado como as cabras.
O Egipto e a Europa teriam espalhado o café pelo mundo levando ao negócio que é hoje este aditivo de esperteza.
Enfatiza-se o facto de em certos períodos dos anos 80 do século XX, o café ter chegado a ser a segunda commodity em valor de negócio, a nível mundial, logo atrás do crude.
Sempre que há um grande negócio, surge uma pressão consumidora enorme que leva a pressões publicitárias gratuitas, por parte dos que consomem, para levar os outros também ao consumo: é o caso das bebidas alcoólicas, do tabaco, do café e das drogas ilegais durante a juventude.
Os ingleses do princípio do século XVIII, nomeadamente em Londres, eram adeptos do consumo de café que se fazia em estabelecimentos próprios, onde surgiram meninas que animavam a libido sexual dos frequentadores. As respectivas esposas chegaram a fazer um levantamento de indignação, no sentido de acabarem com esta bebida que tanto tempo de cama e dinheiro roubava às suas famílias.

O Império inglês, entretanto, conseguiu obter o segredo do chá que se dá em terrenos subtropicais, sujeitos a monções, o que criou uma alteração nos seus costumes urbanos, da época.
Os salões de café Londrinos, tinham de torrar o fruto do cafeeiro, depois moê-lo, seguidamente extrair o sabor com uma corrente de água quente e só depois o podiam servir: era muito trabalhoso quando comparado com o novo chá, em que punham as folhas em água fervente e estava feito. Foi assim que primeiro os cafés Londrinos e depois todo o Império Inglês, passaram a ser adeptos do simples chá, deixando o café para segundo plano.
O café altera o nosso estado de vigília, por ser rico em cafeína que é um composto químico de fórmula C8H10N4O2 , classificado como alcalóide e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina.
A cafeína actua sobre o sistema nervoso central e ainda sobre o metabolismo basal, aumentando a produção de suco gástrico. Tal como todos os aditivos que alteram as nossas capacidades, compete pelo menos com uma hormona natural produzida pelo nosso organismo: a adrenalina, ou seja, tomando mais café as glândulas supra renais produzem menos adrenalina. Esta hormona aumenta a sua concentração no sangue quando é necessário, diminuindo-a através de degradação metabólica, quando deixa de ser necessária. A cafeína não se degrada quando é desnecessária, mas ao fim de um determinado tempo: sendo essa a causa da alteração do metabolismo basal.
A cafeína encontra-se em muitas espécies de plantas, sendo a sua função no organismo vegetal a de pesticida natural.
Mas tudo isto é ciência e na realidade o Papa Bento XVI toma sempre uma chávena de café ao pequeno almoço porque Cá Fé, ou seja, é uma forma de demonstrar que ali há Fé.
Será que é essa a razão do café matinal?

Bloggersapao

2 comentários:

  1. Anónimo5/15/2010

    1,3,7-trimetilxantina... os seus benefícios são inúmeros e cientificamente (com)provados para a saúde! Como é do conhecimento particular (ainda restrito), encontram-se em curso inúmeros ensaios científicos qu envolvem esta substância, com inegáveis benefícios para a saúde, alguns deles já clinicamente comprovados, outros ainda com resultados finais por consolidar. O conhecimento abre-se com este e outros progressos revolucionarios recentes! Assim se avança em muitos campos!

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  2. Prefiro a nomenclatura IUPAC: 3,7-dihidro-1,3,7-trimetil-1H-purina-2,6-diona

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