domingo, 9 de maio de 2010

O PAÍS, O EMPRESÁRIO E A FAMÍLIA

Os interesses dos países

São: fronteiras asseguradas com boas relações com os países vizinhos, segurança interna, a população com um bom nível de vida, uma economia florescente em que as exportações são mais valiosas que as importações, sem grandes dependências de fornecimentos externos, uma moeda que não desvalorize facilmente relativamente às moedas padrão internacionais, um bom nível de investigação de modo a acompanhar a crista da onda das novas tecnologias, ser um país influente na região e no mundo: a dita tendência Imperialista que todos têm, se puderem.

Os interesses das empresas
Terem um lucro máximo, é o principal objectivo: pois não são instituições de caridade, sendo que geralmente recorrem a empréstimos bancários, logo o lucro tem de ser substancialmente maior que as taxas de juro, para poderem pagar aos bancos, poder assegurar salários e ter os maiores lucros próprios possíveis, de modo a compensar o trabalho e o risco a que a massa empresarial se expõe.

Outros objectivos secundários servem para assegurar o principal objectivo e podem-se enunciar como sendo:

Terem uma mão de obra qualificada e adaptada aos interesses da empresa, em qualquer momento, poderem pagar salários baixos e com mão de obra no mercado sempre disponível, para eventualidades.

Estarem sujeitas a impostos baixos e de preferência terem acesso ao máximo de subsídios possíveis.
Terem boas condições de acessos às respectivas empresas, assim como boas condições de implantação e possibilidades de expansão.
Terem bons mercados, fáceis do ponto de vista da colocação dos seus produtos e diversificados para assegurar a continuação em épocas de crise mas sem pequenos clientes.
Uma boa segurança na empresa, os colaboradores serem assíduos, não haver corrupção nos fornecedores, clientes e estado, assim como terem o mínimo de problemas judiciais.
Mecanismos institucionais de resolução rápida de problemas ou complicações no funcionamento do negócio.
Uma moeda que desvalorize face à dos clientes estrangeiros, mas que seja forte relativamente aos fornecedores estrangeiros.

Os interesses das pessoas ou famíliasTerem um bom nível de vida material, serem felizes, terem saúde, sentirem segurança no dia a dia: poder sair de casa ou do carro e deixar a porta aberta sem que ninguém furte nada.

Terem uma vida que sintam que valeu a pena os esforços e trabalhos que já tiveram.
Baralhando dá a realidade
 Claro que nenhuma destas três instituições consegue ter as condições que pretende, pois se assim fosse estávamos no paraíso. As pessoas e o país querem bom nível de vida: para isso é necessário bons ordenados.
As empresas querem mão de obra barata: para isso é necessário ordenados baixos, e por consequência, uma política de ordenado mínimo que por consequência passa a não dar margem ao consumo.
As pessoas querem empregos seguros e duráveis.
As empresas querem flexibilidade para poder alterar a mão de obra em função das suas necessidades.
O país tem interesse em que a economia cresça, as famílias sejam felizes e vivam bem: a forma como isso acontece depende das políticas do Governo.
As pessoas querem os bens baratos, sejam estrangeiros ou nacionais: se houver deflação melhor, os produtos chineses e indianos têm grande consumo, por serem mais baratos.
As empresas querem as matérias primas com deflação máxima e os produtos que vendem com inflação máxima.
O país tem interesse em que as pessoas materialmente vivam bem, a economia cresça, logo sem deflação mas com baixa inflação.
As pessoas ainda querem ter acesso a muitos bens.
As empresas querem que os clientes consumam muito.
O país quer uma economia forte com crescimento constante, logo com consumo crescente mas sem criar problemas ambientais: devido ao aumento dos resíduos e da qualidade dos mesmos.
Os jovens querem uma vida estimulante com muito tipo de gente nova e diferente, os que já têm responsabilidades sociais querem segurança e vizinhos não problemáticos e pagar o mínimo de impostos, os mais idosos querem segurança: valorizando os costumes a que foram habituados, não estão interessados em mudanças comportamentais da sociedade, para não ficarem desactualizados e perdidos na sociedade que eles ajudaram a construir.
As empresas querem segurança nas suas instalações e na circulação dos seus bens.
Ao país interessa-lhe: uma boa segurança interna de pessoas e bens, nas famílias e nas empresas.

Conclusão
 As pessoas que passam pela política, podem fazer pender o equilíbrio mais para as empresas ou mais para as famílias, depende da sua perspectiva anterior ao cargo político e das suas perspectivas futuras.
Assim o político com mais apetência para defender o país devia ser o de carreira política sem interesses empresariais.
Será que este tipo de político tenderia mais para os interesses das pessoas/famílias?


Bloggersapao

1 comentário:

  1. Os politicos têm aptência para fazer pender o equilibrio para eles próprios (e para as suas familias).....

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