domingo, 28 de abril de 2024

10.5 A SUBSIDIAR 300

 

- Olá, Maria. Tenho notado que ultimamente tem havido muitos debates sobre Portugal ter de pagar reparações pela sua história colonial. O que pensas sobre isso?




- Bem, é um assunto muito complexo e controverso. Por um lado, é inegável que o colonialismo português causou muitos danos e sofrimento às populações colonizadas. Houve exploração, escravidão e violência que não podem ser ignoradas.




- Mas Portugal já não é o mesmo país de séculos atrás. Será justo responsabilizar o Portugal de hoje pelos erros do passado? Além disso a abordagem de hoje tem presupostos diferentes daqueles tempos.




- Entendo o teu ponto de vista. Não se pode culpar a geração atual pelos pecados dos antepassados. No entanto, muitos argumentam que Portugal ainda se beneficia indiretamente desse passado colonial, através de riquezas e influência acumuladas.



- Mas será que pagar reparações resolveria alguma coisa? Não seria apenas uma forma de aliviar a culpa sem realmente reparar os danos? Quem meteria ao bolso o valor que se pagaria? Já sabemos que o pessoal que dominou o poder nestas ex-colonias enriqueceu muito enquanto o povo se manteve pobre durante estas décadas de independência.



- Tens razão. O debate sobre reparações é muito complexo e não há soluções simples. Talvez fosse mais importante Portugal enquadrar bem historicamente o que aconteceu e não embarcar em vitimizações estemporâneas.




- Sim, acho que esse seria um caminho mais construtivo. Ao invés de apenas pagar, Portugal um país de 10.5 milhões de cidadãos não tem simplesmente capacidade para indemnizar cerca de 300 milhões de cidadãos de todos esses países que já pertenceram a Portugal. Até porque Portugal nem sequer é rico e tem 20% de pobreza, pois nem todos são Presidentes da República a falar na manipulação do dinheiro dos impostos de todos nós. Além disso quanto nos indemnizariam esses países por aquilo que fizemos e deixámos lá e pela relevância que demos a esses povos no mundo?


Bloggersapão


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