quarta-feira, 9 de junho de 2010

VIDA DE ELECTRÃO, Episódio 4



Na molécula de álcool fiquei na camada exterior de valência.
Os electrões têm uma tendência natural para ficarem aos pares com spines diferentes, ou seja com movimentos de rotação opostos. Assim fiquei eu na camada exterior com outra electrã, linda de morrer, tinha uma silhueta brilhante e era simpática, apaixonámo-nos logo e combinámos tirar férias juntos.
As férias dos electrões num corpo humano normalmente são passadas em placas metálicas de quem foi operado aos ossos, antigamente esse tipo de férias eram difíceis, porque as placas eram de platina que é um metal nobre e não troca facilmente de electrões, é distante e frio! Coisas da nobreza.
Actualmente já há placas que permitem trocas de electrões facilmente, são materiais não nobres como o aço inox, vanádio, cádmio, etc., assim as férias tornaram-se mais democráticas para a população de electrões.
Estava eu nestas conjecturas quando a minha molécula de álcool foi transformada em molécula de aldeído.
Numa das passagens da irrigação sanguínea pelo fígado passei-me para um ião sódio que navegava no plasma sanguíneo, aí tive oportunidade de passar por uma placa de aço aplicada numa tíbia, onde me deixei ficar livremente através de todos aqueles átomos, sem estar particularmente ligado a nenhum: eram finalmente as minhas merecidas férias.


Bloggersapao

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