domingo, 18 de julho de 2010

PAI

Tal como mãe, tem três letras, tal como a mãe é único, tal como a mãe é a outra metade do código genético.
A palavra é originária num só espermatozóide: um pai, um espermatozóide, uma mãe, um zigoto, uma mitose celular e está armado o processo reprodutivo de um novo ser com origem sexuada.
O pai é aquele que menos contribui em volume de massa genética, pois um espermatozóide é bastante menor que um óvulo originário da mãe, sendo que este último desce lentamente as escadarias das trompas quando é abordado por um ansioso cabeçudo de cauda comprida e tremeluzente célula, que se digna competir com todos os outros milhões de companheiros de jornada, para um só penetrar na parede do real óvulo.
Pai é aquele que começa por “P” e acaba em “ai”, geralmente é o mais intransigente, o que protege dos perigos físicos, o que morre primeiro para assegurar a segurança dos seus, é aquele que expulsa o filho de casa quando este se torna um perigoso usurpador de bens da família para os consumir em drogas viciantes.
O pai é o que tem menos genes para dar, transmitindo, no entanto, a maior parte da violência genética: a maior parte dos homicídios são perpetrados por homens pais ou futuros pais.
Tal como o rebentamento de uma bomba: puuummm! A palavra pai rebenta do lado de fora dos lábios, ao contrário de mãe que tem um timbre suave.
CONCLUSÃO
Há muito filho da mãe por aí, mas não se ouve falar em filhos do pai.
Os pais são como os agentes dos serviços secretos, existem por todo o lado mas são discretos.
Bloggersapao

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