sexta-feira, 30 de abril de 2010

OS ROBOTS E AS REFORMAS

O Homem como ser inteligente e social, formou uma sociedade bastante complexa, no sentido de atingir os seus objectivos múltiplos: ser feliz, poderoso, cobiçado e ficar famoso, entre outros.

Para que se possa ter acesso aos vários bens, é necessário fazer trocas: galinhas por coelhos, roupa por comida, filhas por camelos, etc. Tudo isto já existiu e ainda pressiste, mas existem dificuldades logísticas sérias, quando um beduíno, tem de dar três camelos ao pai da Al Face Afamada, que é a menina dos olhos dele, para que ela seja a mãe dos seus futuros filhos.

Para ultrapassar estas barreiras comerciais, algumas civilizações criaram a chamada moeda: que era feita de um material que todos queriam possuir, geralmente um metal nobre como a prata ou o ouro.

O funcionamento da moeda era fácil: levavam-se várias moedas, num saco, de modo a poder trocar por outros bens ou filhas, feita a troca trazia-se os bens ou as filhas de regresso, sem o peso das moedas.


Houve vários materiais usados como moedas, ao longo dos tempos, o sal foi um deles, principalmente em climas quentes. Como o frigorífico ainda era um conceito inexistente, o conceito de preservação alimentar era a salga dos alimentos. Este tipo de moeda não podia apanhar chuva.

A moeda deu origem ao dinheiro, que consistia num mecanismo de troca garantida: um agente económico dava uma certa quantia mensurável de objectos padrão, papel ou moeda, reconhecidos pelo outro agente económico, em troca dos bens desejados.

Este sistema do dinheiro aperfeiçoou-se a tal ponto que até o trabalho passou a ser pago assim. Estava-se na fase em que o dinheiro estava ao serviço das pessoas, embora coexistissem as trocas directas.

A utilização do dinheiro passou a ser exaustiva, este passou a dar segurança material aos humanos, coitados.

Estava assim assegurada a última fase da vida das pessoas: viver somente do dinheiro que uma reforma ou pensão vai pingando.


Na Europa, no Japão e em certas faixas populacionais Norte americanas, depois da  II Guerra Mundial e do aparecimento da pílula e do perservativo, os corpos femininos reprodutores, passaram a trabalhar como os homens, a ver as pilhas de dinheiro a subir nos seus cofres, a ficar com menos paciência para aturar rebentos seus, que faziam diminuir a altura das ditas pilhas de dinheiro e assim o aumento do nível de vida destas populações, obviou o seu decrescimento.


Devagar e sorrateiramente, o dinheiro e os sistemas de reforma ou pensão, deixaram de estar ao serviço da população, tendo passado a população a estar ao serviço do dinheiro: agora é necessário que a população cresça constantemente, para financiar as reformas.

Em Portugal, nos anos 80 do século XX, surgiu um escândalo financeiro grave, conhecido como Dona Branca: consistia em pagar juros mais altos que o mercado, baseado na entrada cada vez maior de pessoas que investiam no sistema: os membros desta organização foram julgados exemplarmente.

De há uns anos para cá, nos países mais ricos, com menos filhos, as reformas estão em colapso eminente.

A questão é simples, quem desconta mensalmente para a reforma, não desconta para si, desconta para os reformados existentes. Como é obvio o sistema não tem boa fé! É uma Dona Branca.

Mas da esquerda à direita, as oposições e os governos, só sabem dizer que a população tem de crescer para sustentar o errado sistema de reformas.


Conclusão:

É obvio que o sistema das reformas e pensões, está mal alicerçado! As pessoas já nascem para, no futuro, gerar o dinheiro que vai pagar as reformas dos actuais laboradores.

Necessita-se que o dinheiro passe novamente a estar ao serviço das pessoas.

Cada um deve descontar para si e todos descontarem para um fundo que sustenta quem não descontou. Ninguém pode trabalhar sem descontar. Quem não trabalha não pode viver melhor do que os que trabalham ou trabalharam suficientemente.


Alternativas:
A massa de desempregados, em qualquer ciclo económico, é uma força útil de mais para se desperdiçar.
O desempregado deve estar sempre ocupado a organizar, a preservar o património social ou em formação, nunca deve ficar abandonado à depressão e ao ócio socialmente degradante.

Sobre todos os mecanismos passíveis de substuír pessoas na actividade laboral, como por exemplo robots, deviam ser tributados num montante mensal, equivalente ao desconto para a reforma de um ordenado médio, sendo esse montante canalizado para compensar as pensões, reformas e desemprego.

O Japão actual, já está na fase do aumento da utilização dos robots no trabalho, mas ainda não pensaram no desconto do montante mensal.

Bloggersapao

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