domingo, 25 de abril de 2010

OS CARROS E AS BALAS

A transferência de massa à superfície da terra por meios humanos, mais conhecida por circulação de pessoas e bens, evoluiu muito desde o aparecimento do homem.
No início o homem movia-se pelos trilhos próprios ou dos animais, eram caminhos de terra batida pelas patas e pelos pés humanos, este batimento transformava o piso numa superfície ondulada, mais apropriada a conjecturas dentro da geometria de Reimann que de Euclides.
Os Romanos na Europa, há mais de 2000 anos, desenvolveram uma rede de estradas que permitia deslocar volumes com mais de 3m de largura, através de todo o Império.
As estradas evoluíram e no século XX já se faziam com acabamento em betume asfáltico, o que permitia superfícies planas, facilmente analisáveis pela geometria Euclidiana.
Toda a gente passou a querer viver junto a uma estrada ou rua Euclidiana. Belos tempos em que o transito era raro e lento e o betume aplicado não necessitava de certificados de qualidade nem de certificados de conformidade.
As povoações cresceram, principalmente as maiores, algumas tornaram-se mega e até hiper povoações, também conhecidas por cidades com favelas.
As estradas passaram a ser conhecidas por municipais e nacionais com itinerários: complementares, principais e auto estradas.

Na Alemanha dos anos trinta do século XX, os dirigentes daquelas terras , encomendaram um tipo de via como forma de permitir deslocações rápidas, a velocidades até 160 km/h, para veículos menores ou iguais às dimensões de um tanque de guerra, o projecto aprovado foi o conceito de auto estrada (auto bahn), tendo esta uma lógica em que não havia cruzamentos de tráfego, sendo as entradas e saídas curvas assintóticas.
Na Alemanha das auto estradas, estas são vigiadas na sua totalidade e têm velocidade máxima livre em quase toda a sua extensão, no entanto as motas saêm da fábrica com a potência limitada a 100 cv e os carros, saêm da fábrica, com a velocidade limitada a 250 km/h excepto nos desportivos: 300 km/h.
Nos outros países incluindo Portugal, as auto estradas são vigadas em poucos locais, bem definidos e a velocidade máxima fica entre os 110 e os 140 km/h, mas os carros que estes países constroem ou importam podem ser alemães ou com origens mais velozes.

O mundo evoluiu tecnologicamente e o tráfego das estradas, seja lá qual for a sua classificação, está pela hora da morte, no entanto as pessoas ainda continuam a querer viver junto à estrada.
O actual viajante motorizado, tanto pode ter um sega way que dá os incríveis 25 km/h, como uma mota ou um carro que dão 300 km/h, podendo ter arranques, mais rápidos que 2.5 segundos dos 0 aos 100 km/h.

Caso de Portugal:
No anos 60 e 70, devido a várias guerras coloniais, os soldados morriam tanto por ano, como actualmente em acidentes rodoviários, esse foi um dos factores importantes no Golpe de Estado conhecido por “25 de Abril” ou “Revolução dos cravos”.
Actualmente o condutor das nossas estradas, fica sujeito a proibições de velocidade entre outras, mas não a poder comprar carros desportivos que assapam tanto que os sapos quando os vêm, não têm tempo de dar o salto.
Quando passeamos nos fins de semana e feriados, pelas nossas estradas e ruas, levando a família, incluindo os pequeninos, vemos vários altares na bermas, em honra de mortos por atropelamento naquele local.

Questões para o futuro:
Será que no futuro as estradas passarão por dentro dos cemitérios, diminuindo os custos dos enterros por morte em acidente?
Será que no futuro as estradas tanto podem passar junto às casas, como agora, como passarão também através das garagens, para mais comodidade?
Será que o preço dos combustíveis será indexado ao número de mortes por acidente nas estradas?

Conclusão:
Devia-se estudar a vantagem de aumentar o preço dos combustíveis em períodos de muitos acidentes, diminuindo também as comparticipações por quilometro percorrido, pago pelas empresas aos funcionários. Esta medida provocava a diminuição da velocidade média e da potência do carro, para o condutor poupar.
As guerras são perigosas porque as balas a grandes velocidades cruzam-se com as pessoas, se os carros a velocidades muito maiores que os peões, se cruzam com estes, aplica-se o mesmo princípio. Ver estradas a fazer de ruas: agora é muito in.
Se os carros e as motos são confortáveis na condução a altas velocidades, que conseguem dar, e o perigo aumenta o ego humano: o que passa a estar mal é o código da estrada e o sinal de trânsito.

Bloggersapao

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