sábado, 24 de abril de 2010

O Caos, a entropia e a democracia

O Universo, actualmente é visto como um dos caos possíveis.
Se desligarmos das teorias e teologias duma ordem única subjacente a um só querer, podemos penetrar na compreensão da estrutura existente no Universo, como sendo o fruto da interacção do caos possível em cada momento.
A estrutura do espaço interestelar, das galáxias, dos sistemas solares, dos cometas, etc. não tem uma ordem pela qual se rege, mas sim uma desordem que se consegue estudar, inventando fórmulas que nos permitem visualizar como funcionam os vários fenómenos que vamos descobrindo.
As estruturas que são entendidas como não estruturadas, chama-mo-las de entrópicas: a entropia tem um conceito próximo da desordem.
Para haver desordem é necessário que no momento anterior tenha havido alguma ordem ou estruturação, também conhecida por entalpia. Assim para que aumente a desordem é necessário que simultaneamente se vá formando ordem para que se consiga ir desordenando.
A abordagem física do mundo diz-nos que tudo tende para a entropia máxima e para a entalpia mínima, ou seja, há uma tendência natural para a degradação dos sistemas estruturados mas simultaneamente para o mínimo gasto de energia.

Aplicando estes princípios aos sistemas sociais: as populações, no seu todo, tende à desordem se não houver sistemas de ordenação e segurança que o evitem. Por outro lado estes sistemas de organização dispendem muita energia, sendo que aumenta exponencialmente em função de maior ordem.
Este esforço de organização crescente provoca uma crescente fragilidade, no sentido da fissuração, desordem, desses próprios sistemas sociais.
Note-se que nenhum Imperador se atreveu a dizer que o seu Império seria eterno, porque têm a noção de que o esforço da manutenção dessa ordem será minado a partir do interior.
Tal como o universo tem concentrações de matéria e energia e tem zonas de vazio, também os sistemas sociais têm muita opolência concentrada e pobreza vasta. O quase vazio no Espaço ocupa a quase totalidade do Universo, assim como a pobreza humana, ocupa a maior parte da terra.

Conclusão:
A democracia é o poder da maioria, logo não natural, estando sujeita a uma natural corrosão para as ditaduras, mais equilibradas com os sitemas naturais de funcionamento de grandes massas.
Esta é forte.

Bloggersapao

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