quarta-feira, 21 de abril de 2010

O ESCLAVAGISMO, O CAPITALISMO, O SOCIALISMO E O ANARQUISMO

O Homem começa por ser um animal. Como animal sujeito a uma mutação benéfica para a espécie, inteligência, ficámos sujeitos a capacidades de memória e raciocínio, superiores aos outros seres sensíveis.
Tal como diz o nosso prestigiado mestre Dalai Lama, de quem o governo chinês não gosta: seres sensíveis são todas as formas existentes, capazes de sentirem e comunicarem com o que os envolve.
Armados com estas capacidades, alguns dos nossos antepassados, conseguiram organizar gangs que através da ação violenta e armada, submetiam os seus semelhantes a uma vida de subjugação total: escravatura. Atualmente ainda existem vestígios vivos nítidos deste tipo de vivência, nomeadamente em África, na América do Sul, na Ásia e até na Europa: influências de genes ancestrais animalescos.
Os anos passaram e a Humanidade evoluiu, mais nuns sítios que noutros. O valor das coisas tornou-se mais importante que as ditas cujas, levando, na Renascença, ao surgimento do valor moeda como o grande valor da vida. Estávamos na Europa e os novos ricos tornaram-se mais eficazes a angariar riqueza: descobriram que o escravo não é tão rentável como o homem que pensa ser livre, desde que este se mantenha na expectativa de voltar a perder tudo. O Capitalismo é um conceito espetacular em que se aproveitam os costumes das pessoas, criam-se-lhes expectativas de sobrevivência diferentes, tal como a possibilidade de ser um acumulador de riqueza, tornando-se um ser humano numa máquina de trabalho altamente eficaz. O Karl Marx, que os antigos socialistas e comunistas conheciam, fala em diminuição das capacidades humanas: quando o homem se sujeitou a 14 e até 16h de trabalho diário, com sorte, tinha um dia religioso de descanso por semana, os desgraçados começavam a trabalhar entre os 6 e os 10 anos de idade. O trabalho naquele tempo era árduo, sem condições e sujeito ao capricho dos patrões, assim os mancebos começaram a apresentar-se à inspeção para a tropa, cada vez mais baixos e com menos peso, era revoltante principalmente porque se tinha abandonado o ciclo natural da vida: levantar com o sol e deitar com a lua, tendo-se perdido o descanso suficiente para uma vida minimamente digna.
O Karl que era um alto burguês, casado com uma herdeira rica, deu-se ao luxo de ir para Inglaterra trabalhar com aquelas criaturas chamadas trabalhadores fabris a que apelidou de proletariado. Ficou chocado com o que viu e sentiu e criou com a ajuda do amigo Engels o chamado Marxismo. Isto passou-se no final do século XIX.
No início do XX e com a ajuda da Alemanha a querer reduzir a sua frente de combate, durante a Primeira Guerra Mundial, subsidiaram o Vladimir, conhecido por Lenine, para ir à Rússia e pôr as suas ideias em prática, o que ajudaria a destabilizar um país que naquele tempo, era deficiente de organização e motivação.
O Vladimir além de destabilizar o Czarismo e o neoliberalismo que se estava a querer impor, conseguiu tomar conta do país, tirando-o da guerra contra a Alemanha e criando uma sociedade auto apelidada Socialista rumo ao Comunismo, depois de se livrar de uns quantos resistentes, tendo provocado seis milhões de mortos.
Espetacular: o proletariado foi para o poder, os intelectuais organizaram e direcionaram todas aquelas massas: estava criada a semente da sociedade ideal, sem exploração, em que todos eram iguais. Iguais, não totalmente… é preciso que os organizadores tenham condições para isso, além disso se ganhamos o mesmo, porquê trabalhar mais que o camarada do lado? Acertar pelo mais lento… mas assim não se atingem os planos económicos quinquenais ! É preciso dar incentivos e por aí fora… até à desproporção das elites da Nomenklatura que tinham acesso a tudo o que é bom.
Lá foi o comunismo para a gaveta! Por dificuldades várias, nomeadamente o subsídio de uma máquina de guerra, pretensiosamente a maior do mundo, acompanhada de subsídios de guerrilha em todos os países possíveis que pudessem ser transformados em socialistas, em 1989 o socialismo perdeu a guerra com o capitalismo.
O Capitalismo triunfou !! Tal como o roto aponta o nu como estando em situação pior que a sua.
Então e o anarquismo? Há quem diga que no início da sociedade humana era este o sistema económico que vigorava!
O sistema social anarquista não é o caos, mas sim um inter-relacionamento humano solidário, compreensivo, em que ninguém pretende ser ou ter mais que outrem. Neste sistema não há necessidade de haver dinheiro, somente trocas de bens ou serviços, logo não há acumulação de riqueza pessoal.
Pense bem, o homem ainda não passa de um animal armado de ambição e pertenças de poder. Mesmo os chamados democratas querem impor o seu conceito de democracia, sendo isto, por definição uma ditadura. 
Conclusão:
O sistema social em que estamos organizados é o que alguns conseguem impingir a quem não está para se “chatear” agora, deixando essas “chatices” para os outros: muitos destes, quando já eram velhos e indefesos acabaram a morrer às mãos dos outros, da política.
Pensa bem.
Bloggersapao

2 comentários:

  1. Esta do Nirvana instantâneo... gostei

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  2. Esta conclusão de dia 21 reflete exactamente aquilo que acontece... infelizmente cada vezz mais

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