quinta-feira, 22 de abril de 2010

As greves e as hormonas

 O termo greve vem do Françês grève, que significa terreno de gravilha onde se reuniam desempregados ou empregados descontentes, junto ao rio Sena em Paris. O termo greve começa a ser usado no século XVIII, século que é definido como o começo da era industrial na Europa e no Mundo. Antes da industrialização, as pessoas sem posses podiam ter de trabalhar arduamente de sol a sol, mas tinham o descanso da noite assegurado para estabilizarem a sua mente com uma noite de orgasmo e sono profundo. Naquele tempo a mulher também estava cansada e não vinha com exigências de ele ficar acordado depois daquilo. O tempo era ditado pelo sol e pela noite. Com a chegada da industrialização o tempo passa a ser cronometrado, passa-se a trabalhar de dia e de noite, independentemente do tamanho do dia, se chove ou faz frio, trabalha-se sempre. Passa-se a viver em casas apertadas, em prédios cada vez mais altos, ruas fétidas, pais e filhos dormem no mesmo compartimento. Não há estatísticas da pedofilia parental na época… Quem pagava o ordenado era o mesmo que cobrava a renda da casa, os alimentos e a roupa que se vestia. Na Inglaterra do século XIX vivia-se o crescimento do Capitalismo Indústrial, com pessoas a trabalhar 12, 14 e até 16 horas diárias, tendo um dia por semana de descanso para poder procriar depois de uma bebedeira festiva. Perante esta amarga realidade tão acusada pelas Religiões Europeias da época, nas homilías: alguns corpos de trabalhadores com mais concentração em testosterona e adrenalina que o normal, estavam equipados com a mistura explosiva necessária para pensar a curto prazo e jogar o seu posto de trabalho numa greve que tinha sempre um certo cariz violento. Chegaram-se a formar grupos de trabalhadores que varriam geograficamente a Inglaterra de norte a sul com a destruição de máquinas e até fábricas. O Karl, alemão burguês casado com uma rica herdeira, deu-se ao trabalho de sair do seu ócio de secretária e vivenciar aquela realidade laboral brutal e desumana, na Grã Bretanha. Pelas barbas e pela acutilante e agressiva prosápia, este intelectual que ficou conhecido por Marx, devia ser um concentrado de testosterona e adrenalina, tendo conseguido criar o motor ideológico da revolução do proletariado. Este intelectual profícuo em raciocínio objectivado foi o empurrão do irascível Lenine. Na realidade quando Marx foi para a Grã Bretanha, estudar o trabalho industrial, a Alemanha era inferior à Grã Bretanha em desenvolvimento indústrial, estávamos em meados do século XIX. Nos primórdios da Primeira Guerra Mundial a Alemanha era já várias vezes mais industrializada que a Grã Bretanha, daí ter aquele peito todo para atacar vários países ao mesmo tempo. Esta guerra não correu bem para a Alemanha, ficando esta com uma frente de batalha enorme, nomeadamente na Rússia: assim os Alemães enviaram de comboio, um testosterónico militante Lenine, para destabilizar a Rússia. O Socialismo foi implantado e acabaram-se praticamente as greves, neste país. Era a terra dos trabalhadores. O Mundo evoluiu e as greves tornaram-se negócios de sindicatos e alguns destes, tornaram-se negócios da própria Mafia, eficaz na visão do melhor lucro nuns Estados Unidos da América dos anos 20 e 30. Os trabalhadores passaram a ter os dias de greve pagos pelos sindicatos, o que tornava as greves passíveis de enormes estragos para os accionistas, os novos patrões anónimos que algumas vezes incluía os próprios sindicatos, a chamada economia de sindicato na boca. Os partidos desde então assaltaram os sindicatos que puderam e agora o ritual das greves no periodo da aprovação dos Orçamentos de Estado com os aumentos da Função Pública incluídos, são sempre um sinal para as oposições organizarem as procissões e homilias reindivicativas, sendo este ritual tão regular que as Religiões já olham com desconfiança estes novos apóstolos. Por exemplo, em São Domingos, concelho de Santiago do Cacém as maiores festas da Freguesia, não é a Páscoa nem o Natal, é o 1º de Maio. A motivação para a greve, actualmente, continua a passar pela testosterona e pela adrenalina de quem vê os outros mais ricos que ele. Bloggersapão

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