domingo, 1 de maio de 2011

USA O 1º DE MAIO


Os Estados Unidos da América desenvolveram-se a partir do trabalho, engenho e gestão das pessoas que lá chegavam e iam ficando.
Na Europa, a economia enfermava do status dos que muito tinham herdado e lhes conferia uma vida de lazer permanente, sem terem sequer grandes preocupações em gerir o que era deles. No entanto nos países em industrialização, já geriam massas laborais na indústria, o quer era uma forma muito diferente de trabalhar relativamente ao que tinha sido até aí.
A industrialização trás consigo o trabalho de transformação das actividades primárias como actividade em grande escala e por vezes o conceito de trabalho contínuo, permitido pela capacidade de iluminar grandes espaços durante a noite.
A capacidade de trabalho das pessoas e animais passou a ser intensificada e a exploração de todos os recursos da natureza passaram a ser propriedade de quem detinha o poder financeiro para o fazer, independentemente dos estragos que isso pudesse provocar.
Os coitados, as coitadas e os coitadinhos dos que não herdavam nada que lhes permitisse ter uma vida autónoma, acabavam a trabalhar nas fábricas e minas durante horas e horas seguidas, todos os dias: porque o investidor via o lucro a subir com a quantidade de tempo de trabalho, assim surgiram os horários de 14, 16 e até 18 horas de trabalho, indiferentemente do facto de se ser adulto ou criança.
Além disso o esforço físico para executar as tarefas não tinha limitações para homens, mulheres ou crianças.
Antes o trabalho costumava ser de sol a sol, ou seja, só durante o dia solar. Nesses tempos, nos países mais a norte trabalhava-se menos que nos países mais a sul, devido ao respectivo tamanho do dia: imaginem só, em poucas gerações passarem a trabalhar 16 e 18 horas por dia, independentemente de ser domingo, dia santo ou não.
A Igreja começou por protestar, mas não adiantou muito, surgiram leis protectoras do trabalho no Reino Unido, mas a pressão de quem estava a ganhar muitos milhares e milhões era grande, surgiram então movimentos para se defenderem, dentro da própria classe social dos que tinham de trabalhar.
Os trabalhadores ou melhor os operários: aqueles que operavam as máquinas e mecanismos da produção industrial eram os mais explorados.
Trabalhador até o industrial é, pois pode passar muito tempo da sua vida a planear e a verificar o seu negócio, operário é aquele que opera a maquinaria, o industrial se operar uma máquina está a perder tempo, logo dinheiro, quando pode ter uma infinidade de operários a gerar dinheiro e ele a trabalhar o conceito da melhor forma de o fazer.
CONCLUSÃO
O 1º de Maio que ficou famoso por defender as 8 horas de trabalho com o mesmo salário que se ganhava com as 14 ou 16 horas que então se trabalhavam, além de defender as mulheres dos trabalhos mais pesados: foi em Chicago, tendo todo o ritual da luta por uma causa com mortes e atentados, tendo como consequências prisões e condenações à morte. Passou-se em 1886, há dois séculos atrás.
Esses é que estavam à rasca!
Bloggersapão

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