terça-feira, 23 de novembro de 2010

LER, VER E OUVIR

Está finalmente provado que ler não é natural para o ser Humano, ou seja não é Humano forçar as criancinhas a aprender a ler.
A funcionalidade da leitura ocupa a visão e a descodificação da simbologia artificial para onde se está a olhar, mais o raciocínio imediato agregado à compreensão da tradução da respectiva simbologia. Esta complexa função, no Homem, rouba capacidade de visão e audição ao respectivo cérebro.
Assim é costume ver os grandes leitores a usarem óculos, mesmo sem idade para tal e a ouvirem só o que lhes interessa, para não gastarem muito a capacidade de audição que ainda têm. Estas pessoas ficam assim com menor capacidade de sobrevivência na natureza, para a qual é fundamental ver e ouvir bem.
Nunca pensamos nisto, mas a leitura nos Humanos só tem cerca de 6 a 7 mil anos de existência, mas durante a maior parte deste tempo só os escribas e uns quantos letrados é que tinham de recorrer a este conhecimento, pois em várias sociedades era considerado um trabalho inferior.
Só com o aparecimento da imprensa é que a leitura passou a ser mais divulgada.
A palavra imprensa deriva da prensa móvel usada no processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Guttenberg no século XV, no entanto, só a partir do século XVIII é que alguém desenvolveu o seu uso para imprimir jornais, à época os únicos veículos jornalísticos existentes e que permitiram alguma divulgação da arte de ler.
Só no século XX é que efectivamente surgem leis e medidas concretas para alfabetizar a população em geral e não só os mais afortunados.
Se considerarmos que o Homo Sapiens Sapiens surge nos últimos 250 000 anos e que é uma evolução de outros menos sapiens que já andavam cá há 3 milhões com um cérebro diferenciado dos outros bichos, então temos:
7 000 / 250 000 = 0.028 é esta a fracção de tempo ocupada com a existência da escrita, o que significa 2.8 % da existência do Homo Sapiens Sapiens, mas se considerarmos a existência do primeiro Hominídeo temos:
7 000 / 3 000 000 = 0.0023, representando 0.23 % da existência dos Hominídeos / Homem.
Mas na realidade a massa Humana só passa a ser alfabetizada em maior escala a partir do início do século XX, assim:
110 / 250 000 = 0.00044, fracção da existência do Homem inteligente que percentualmente significa 0.044 % da sua existência.
Mas se considerarmos a existência do primeiro Hominídeo / Homem será:
110 / 3 000 000 = 0.000037 que significa 0.0037 % da sua existência.
CONCLUSÃO
Há muitos meninos que são resistentes à alfabetização porque eventualmente se apercebem que vão perder muito daquilo que têm no dia a dia.
Os iletrados são pessoas que geralmente têm memórias curtas e longas muito superiores aos letrados e além disso vêm e ouvem melhor, mas actualmente são inadaptados porque nos tempos que correm só interessa o que é registável.

Bloggersapão

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