segunda-feira, 1 de agosto de 2011

SHOTOKAI E AS 24 DE OKINAWA

A semana passada o CAO (Centro de Artes Orientais), levou a cabo um estágio que culminou nas 24h de Kumité, em que se retratou a vida em Okinawa, no século XVI, depois de esta ter sido conquistada pelo Shogum Japonês, Satsuma.
Assim, os cidadãos comuns, maioritariamente camponeses, só podiam falar com os do seu clã, os chefes de clã também não podiam falar entre si, só podendo comunicar através do grande Satsuma que com a lei marcial que impôs, assegurava a unidade de Okinawa com o resto do Japão, reclamando assim o título de Imperador do Japão.
Os guerreiros e guardas da unificação do Japão eram os Samurais que por qualquer comportamento fora das leis impostas, matavam o prevaricador, muitas vezes por mero capricho filosófico do dito Satsuma.
Os súbditos quando viam os Samurais tinham de lhes fazer uma vénia em sezá, fosse em que terreno fosse, tivesse a chuva ou o frio que estivesse.
Satsuma e os Samurais eram desconfiados e infernizavam esquizofrenicamente os cidadãos de Okinawa, a quem era vedado usar armas ou treinar artes de luta.
Nos espectáculos públicos: a cultura do Japão era sempre valorizada à custa da humilhação constante das outras, incluindo a deste arquipélago de Okinawa.
Foi neste contexto que surgem os treinos secretos da luta das mãos vazias, em que estas tinham de se tornar autênticas armas mortais.
Foi assim que surgem as famosas escolas de karaté em Okinawa.
A vivência deste ambiente esquizofrénico, durante 24h foi difícil de suportar, imagino essa vivência extrapolada para vários anos.
A alternativa a esta ditadura era realmente a luta.
CONCLUSÃO
O Japão dos senhores da guerra, em que todos se iam matando por honra e ambição tinha de ter um fim, antes de ser devorado pelos estrangeiros, assim, a solução para Okinawa foi a ditadura de Satsuma em que a humilhação dos cidadões locais ainda permanece como uma hierárquia, em que o líder não costuma ser posto em causa e tem sido um sucesso na difusão da cultura do Japão.
Bloggersapão

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