quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EFECTIVAR A INTERSECÇÃO

Quando o interesse em atingir um objectivo é posto em prática surgem sempre barreiras.
Por exemplo, quando o meu interesse em atingir um alvo com uma flecha é posto em prática, então os objectos inertes usados nesse acto são activados pela agitação da minha mente, sendo esse o motor de toda a sequência de pensamentos e actos que vai dar vida aos referidos objectos sem vida própria.
Eu ao despender uma quantidade ínfima de energia nervosa, provoco todo um conjunto de movimentos no meu corpo com o fim que pretendo: atingir um alvo definido, com uma dimensão definida e conseguir atingir uma zona restrita do dito alvo.
Se limitar o conjunto de movimentos ao facto de pegar num arco armado e numa flecha, já no local onde vou efectuar o tiro, tenho a seguinte descrição:
• colocar a flecha correctamente posicionada no local certo do arco, este movimento já tem em si uma certa precisão e deve sair bem logo no primeiro conjunto de movimentos, para que não comece a criar bloqueios de atitude perante a tarefa que se está a realizar,
• seguidamente puxo a corda inerte, esticando o arco para uma posição de tensão máxima, transferi assim a energia mecânica dos meus músculos para energia potencial aplicada ao conjunto de peças do arco, transformei a corda inerte numa corda com energia conferindo a capacidade de motor ao conjunto da corda, arco, flecha,
• depois faço pontaria, usando somente o alinhamento da flecha e o desconto subjectivo para compensar a distância ou então uso um sistema de pontaria já incorporado no arco,
• nesta fase exerço alguma força com os braços que inclui o peso do sistema de arco e flecha, além de manter com a máxima precisão o alinhamento considerado mais correcto para que o tiro seja certeiro,
• nesta fase o pensamento deve ser o mais simples possível para não criar uma respiração irregular ou ofegante nem tremuras vitais para falhar o tiro, esta fase é a mais importante, a minha mente não deve ser perturbada por ideias parasitas que nada têm a haver com aquela tarefa, aí surge a utilidade da prática de auto controlo com as respectivas meditações yoguis ou zen a surtirem os seus efeitos reais ao darem-me a capacidade de poder fazer algo que quero, da forma que quero,
• o disparo surge no momento em que não há conflito entre os meus raciocínios involuntários e o facto de largar a corda do arco, nesse momento tenho a certeza da pontaria do subconsciente e independentemente do vento ou de um último movimento a compensação do meu certeiro subconsciente compensará tudo isso.
A flecha sai e acerta no centro, a ordem é dada e os executores cumprem-na na perfeição, o alerta da tragédia é dado e todos conseguem evitá-la. O princípio é sempre o mesmo.
CONCLUSÃO
Para quê complicar a vida por causa da intenção de acertar com uma flecha no centro de um alvo, quando posso não fazê-lo?
Para quê viver se todos vamos morrer?


Bloggersapão

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