domingo, 13 de julho de 2014

O BUDISMO APLICADO AOS NEGÓCIOS

 
 
               
       - No mundo empresarial estamos a aplicar o budismo cada vez mais, oó Cônscio.

- Não estou a ver como, Acionário.



- Não estás a ver?
- Os acionistas e gestores das empresas estão cada vez mais desapegados dos seus colaboradores, cada vez mais facilmente e sem problemas de consciência despedimos colaboradores ou trabalhadores das nossas empresas.


 - E achas que isso é budismo? Como podes ter o descaramento de dizer isso?




 - Descaramento? Francamente? Vê o que o Chefinho disse ontem aqui!
- Até a legislação conseguiu chegar a essa forma de libertação: despojar-se de remorsos das massas laborais que só reivindicam e não querem fazer nada: estás a ver a horas extraordinárias como já se pagam muito mais baratas, assim como as indemnizações por despedimento por justa ou injusta causa?



- Estás mesmo a brincar comigo: esse tipo de despojo não tem nada a ver com budismo, mas sim com a pressão dos acionistas e empresários, como tu, que querem ganhar mais dinheiro com a desculpa do aumento do desemprego.
- Budismo era tu despojares-te das tuas ações todas, isso é que era budismo empresarial!




- Estás-me a dizer que as experiências falhadas do socialismo deviam ser repetidas?
- Viste o que fizeram as gestões operárias em todos os países onde isso foi instalado?
- Acabaram com o que havia nas empresas e dependuraram-se no dinheiro do Estado, que são os nossos impostos.
- Vê aquela empresa de metalomecânica, a Compelmada: ficou com gestão operária que descambou em gestão de alguns mais espertos e de empresa modelo de sucesso com autogestão foi à falência à poucos anos, por má gestão.



- Não é isso que quero dizer, sabes bem!
- O que me querias dizer era que este governo de crise e os empresários portugueses se tinham tornado budistas. Não foi isso que se passou, mas sim o contrário: os empresários arranjaram maneira de se apegarem ainda mais aos lucros que as empresas podem fornecer, de pagar mais aos gestores que poem as empresas a aumentar mais os lucros, sem interessar como e com os funcionários controlados, além de que os governantes de hoje não passam de gestores e empresários do amanhã: isso é anti budismo!




- Eu falava no budismo dos empresários relativamente aos trabalhadores, só...!
- Já estou a ver que tu com esse ar de sonso também não passas de um esquerdista de merd... da treta!


Bloggersapão 

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