segunda-feira, 22 de abril de 2013

O CUSTO DE UMA DROGA

Seja um medicamento ou uma substância psicoativa tipo droga usada de forma abusiva, em excesso para dar pedra, a sua absorção depende de alguns fatores que se tornam relevantes em época de crise económica.
Imagine-se que um indivíduo consome uma substância psicoativa ilegal de forma abusiva: depara-se com o problema de encontrar a substância sem ser apanhado pela rede da lei, depois tem de sentir  ou viver a pedra sem ser acusado de irresponsável e poder inclusivamente ir preso, depois tem de gostar da vivência ou pedra a que fica sujeito pelo efeito do consumo do psicoativo, a seguir tem o facto de ficar com resíduo durante umas horas ou uns dias da substância psicoativa que consumiu, tem ainda o facto da substância ou impurezas da substância poderem afetar a saúde no imediato ou a médio prazo, finalmente o indivíduo tem de voltar à sua realidade que muitas vezes é psicótica e avaliar o balanço do mundo onde vive para considerar que valeu a pena aquela vivência, pedrada, e o seu enquadramento económico.
Na realidade quem tem necessidade de vivências de estados de consciência alterados, tem de fazer as contas à sua vida, para avaliar se tem poder económico para isso e as suas consequências.
Analisemos a pureza do produto consumido: este fator está ligado com o facto de um psicoativo que vai dar pedra, quando não foi arranjado via receita médica, foi no mercado negro que é o mais comum, logo aí o produto não tem qualquer garantia ou certificação, podendo ter impurezas mais perniciosas para a saúde que o que se pretende consumir, imaginemos que a pureza é de 50%.
A seguir à pureza vem a biodisponibilidade, ou seja, conforme a via usada para absorver a substância assim o organismo filtra o que chega realmente à circulação sanguínea, se este fator é de 60% por via oral, significa que são 60% de 50%: o que dá 30% relativamente à substância psicoativa pura que chega ao sangue.
A seguir à biodisponibilidade vem outro filtro biológico que é a ligação plasmática, consistindo no facto da substância psicoativa ter uma percentagem das suas moléculas que se ligam às moléculas naturais do plasma do sangue: estas ligações podem-se fazer a proteínas, lípidos ou glícidos, entre outros, sendo este o mecanismo de retenção do psicoativo no organismo durante umas horas ou uns dias , assim por exemplo se a ligação plasmática for de 20%, então os nossos 30% passam a 24%.
Temos um consumidor que pagou uma droga psicoativa a pensar que era pura e no final vai ter uma pedra de 24% de pureza, se a pedra não for bem aquilo que estava à espera, vai consumir mais se o dinheiro disponível der e se quiser mesmo ter aquela alteração de consciência que acha de mais.
No meio destes filtros todos existe uma variável que o consumidor pode alterar, de modo a subir a quantidade de substância psicoativa que lhe dá efeito na cabeça: é a via usada para a absorção.
Há drogas em que a absorção pela mucosa do ânus é quase total, sendo três vezes maior que pela via oral, no entanto a injeção garante sempre 100% de absorção e uma pedra imediata.
Ainda há a acrescentar o tempo que a pedra dura e o tipo de pedra: alterando em função da via de absorção escolhida, mas por agora não vou tocar nesse aspeto.
CONCLUSÃO
O consumidor abusivo de psicoativos, drogas legais ou não, se for pudico e com algum dinheiro, escolherá  a via oral, toma a dose e curte a pedrada, quando quiser ter uma pedra mais rápida e forte, estando já numa fase menos pudica e monetariamente menos disponível envereda pela injeção, poupando dinheiro e ficando com pedras imediatas e mais fortes, mas se já estiver de rastos monetariamente e nem dinheiro tem para a agulha, pode recorrer à mucosa anal para se drogar.
Bloggersapão

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