segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A RELIGIÃO EMPRESARIAL

Cada vez mais se constata que é solicitado aos quadros das empresas, às chefias intermédias e aos responsáveis técnicos, que levem trabalho para casa, que tenham como leitura de cabeçeira problemas do trabalho para resolver, de modo a manter-lhes a cabeça ocupada e não lhes deixar margem para o pensamento ocioso que se pode tornar filosoficamente pernicioso para a empresa.
Esta é a nova tendência empresarial com a desculpa da crise: trabalhar mais horas e ainda por cima ir para casa a pensar e a ler sobre o trabalho.
Diria que esta tendência penderá para a chamada religião à atividade ou à empresa, pondo o colaborador a devotar todo o seu ser à empresa onde encontrará a dignificação da sua vida.
Os japoneses foram assim nos anos 80' e 90's, para os quais o Xintoismo venera o seu líder político máximo e abaixo deste (os santos) vem quem lhes assegura o nível de vida ( o empresário), mas até esses já se estão a deixar disso, porque os empresários endeusados quando viram o lucro a fugir abandonaram a capa de cobertura total que satisfazia todas as necessidades sociais do empregado e passaram a pagar-lhe uma ninharia, sendo atualmente os jovens japoneses seres economicamente dependentes da família
A atividade económica deve beneficiar todos, mas na realidade beneficia substancialmente mais os empreendedores, mas quando já nem se disfarça a ganância em plena crise económica é porque os valores e a realidade são inimigos.
CONCLUSÃO
Por este andar: no futuro a religião endeusará o empresário, pois o político é um ser manipulado por este, o ritual será a atividade laboral e esta religiosidade será tão intensa na vida das pessoas que terão muita dificuldade em pensar doutro modo.
Bloggersapão

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