A DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA

O valor da moeda molda-se em função do tipo de economia.
Um universo económico que vive das exportações, o que acontece em países emergentes como a China, a desvalorização da moeda dá-lhe a vantagem do preço das exportações que são compradas noutra moeda mais valorizada, ficarem mais baratas, logo as expectativas passam a ser o aumento das exportações para economias com moedas mais valorizadas.
Quando a expectativa de uma economia é o investimento de bens comprados no exterior, então é melhor que a moeda dessa economia seja mais valorizada que a moeda das economias a quem compra os bens.
Quando se tem uma dívida enorme comparada com o Produto Interno Bruto, as exportações anuais não passam de uma fracção dessa dívida e se depende fortemente dos bens comprados no exterior para a sociedade funcionar, então a desvalorização da moeda vai criar uma dívida maior: pois desvalorizar é passar de dever 123 mil milhões para um valor maior, pois se assim não fosse, bastava desvalorizar fortemente a moeda da economia devedora, para que a referida dívida ficasse mínima.
Mas se as empresas que exportam, conseguirem baixar os custos de produção, através de tecnologia, matérias primas e de gestão das tarefas necessárias à produção, então aí as exportações podem-se tornar competitivas. No entanto, de nada serve a competitividade das exportações se as importações não baixarem.
A mentalidade que nos impõe comprar aquelas marcas internacionais, consideradas de prestígio e que contribuem fortemente para as importações onerosas, devia ser considerada doença psiquiátrica em tempos de crise.
Por outro lado, se o abaixamento dos custos de produção, for à custa de subsídios tirados do Orçamento do Estado, logo chupados dos impostos de todos, então andamos a tapar os glúteos à custa de mostrar o sexo.
CONCLUSÃO
Economias fortemente devedoras e dependentes do que os outros lhe vendem, devem ter moedas fortes, são as economias decadentes: custa-lhes menos comprar.
Economias que vendem mais ao exterior do que aquilo que compram, devem ter moedas fracas para os seus bens serem baratos.
Economias de subsídio interno são como as streepers: tapam as nalgas mas fica-se a ver o sexo.
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