sexta-feira, 24 de junho de 2011

PONTES LABORAIS

          
 
As pontes formadas pelos feriados são tema para que os empresários e os políticos evidenciem que trabalhamos pouco por ano.
Se temos 12 ou 14 feriados a interromper a semana de trabalho durante um ano, é um assunto concreto em que até se pode dar razão aos políticos, pois há países em que existem menos feriados e a população realmente vive melhor. Mas quando começam a contestar os feriados por causa das pontes que eles podem provocar, isso é outro assunto: as pontes fazem-se geralmente com recurso a um ou dois dias de férias do próprio trabalhador /funcionário/colaborador, tornando-se estas numas mini-férias muito revitalizadoras para a cabeçinha de quem passa o tempo de trabalho a resolver assuntos laborais que dão mais ou menos aborrecimentos no dia a dia.
As mini férias agregadas às ligações dos feriados com os fins de semana: sabem bem, contribuem para um melhor ambiente familiar, diminuindo o risco de divórcio, descongestiona a mente da prisão dos raciocínios laborais concedendo-lhe mais criatividade e baixando o "stress" do disfrutador.
Estas pontes promovem a economia do turismo, da restauração, da diversão e dos combustíveis.
Os efeitos colaterais das pontes passam geralmente pelos acidentes mais frequentes nesses iatos de tempo: em que condutores de fim de semana passam a estar ao volante durante horas seguidas, sujeitando-se a velocidades para as quais não estão habituados, muito menos depois de regados com boas vinhaças. Muitas vezes a etilidade dos cérebros leva a picanços de estrada e as filas chegam a proporcionar treinos na arte de partir as trombas ao outro, actividade que muitas vezes não se praticava desde a última ponte.
O que sobressai no meio da conversa dos políticos que contestam as pontes: é o facto destes parecerem ter inveja do cidadão comum ter um gozo adicional com estas, quando podia estar a trabalhar para os lucros da empresa onde labora! Não falam, no entanto, de uma grande massa laboral, que é precisamente no período das pontes que trabalham mais: na restauração, nas portagens, nos hoteis, pensões e parques de campismo, bombas de gasolina, polícia de trânsito, vendedores da rua e das feiras, artesanato, eventos desportivos, etc.
Parece ser o tipo que é patrão, mas não sabe gerir o seu negócio: o mesmo que pediu para o salário mínimo não subir, que pediu para a contribuição social única descer e que também se queixa das pontes, é este tipo de empresário que não se sente nada bem com o bem estar dos outros que contesta as pontes agragadas aos feriados com fim de semana.
Se querem acabar com os feriados que cortam na produtividade, então começem logo pelo 1º de Maio que comemora o dia do trabalhador, para este ter a consciência da realidade em que está metido; cortem o feriado do 25 de Abril que só tem 37 anos de existência e comemora um promenor da história dum país, onde nem o dia da sua formação é feriado; cortem o feriado do 1º de Dezembro, porque desde 1992 que somos Europeus, não tendo lógica comemorar o dia da nossa reindependência de Espanha; acabem com os feriados municipais, pois são regionalismos que não contribuêm para a união do país. Só depois de abulirem estes feriados excessivos é que devem tocar nos feriados religiosos, pois estes são antiquíssimos. Quando começarem a desbastar nos religiosos que não começem pelo Corpo de Deus, mas sim pelo Natal e Ano Novo: pois se o nascimento de Cristo marca o início da nossa era, então façam coincidir o feriado do Natal com o Ano Novo; depois passem ao dia de finados: pois os mortos não contribuêm directamente para a evolução da economia e o repeito que lhes devemos, deve ser através do trabalho, pois muitos deles ao morrerem contribuiram para um melhor bem estar dos que cá ficaram.
CONCLUSÃO
O capitalista explorador que só vê o seu lucro imediato e fica feliz com a desgraça do seu subordinado, retorce-se todo quando este tira umas mini férias, aproveitando um feriado com um fim de semana. È nestas pontes que a economia das zonas mais desfavorecidas tem algum fôlego: pois é quando se vai à terra ou a uma zona do país onde nunca fomos.
Se os políticos acham que há feriados a mais, começem por cortar nos feriados políticos: 1º de Maio; 25 de Abril; 1º de Dezembro, dia da reindependência relativamente a Espanha; 5 de Outubro: implantação da República. Estes feriados, actualmente, nada significam.
Bloggersapão

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