segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

ASSÉDIOS QUE NOS SEDUZEM

O assédio é geralmente visualizado como sendo uma miúda linda e geometricamente cativante que se abre toda com o seu charme, de modo a cativar o homem que pretende seduzir. Mas o assédio nem sempre é amoroso ou libidinoso, também pode ser alimentar, financeiro, adrenalínico, de irresponsabilidade, desportivo, laboral, etc.
O assédio alimentar está muito ligado a pastelarias, gelatarias, snaks bar e afins e consiste em provocar tanto a tentação da degustação que o visualizador da montra em comunhão com o aroma não resista à tentação de entrar, comprar e comer. Este tipo de assédio é de tal forma absorvedor que pretende preencher o espaço que decorre entre duas relações sexuais, viciando o indivíduo numa vida de prazer contínuo.
O verdadeiro e fatal assédio alimentar é aquele em que a vítima não resiste a levar embrulhado para casa: tem de comer logo ali.
O assédio financeiro é gerado por bancos, corretoras, meios de comunicação financeira e até governos que transmitem notícias com tão bons indicadores de investimento, que o endinheirado tende a investir naquilo. O verdadeiro assédio financeiro é aquele em que além do valor de investimento estar com ótimas perspetivas, também proporciona um mecanismo de investimento imediato através da net ou de um telefonema, sendo o top, aquele que dá para comprar agora e vender daqui a uma ou duas horas já com um lucro interessante: foi um dos culpados da crise financeira atual.
Também existe o assédio laboral que dá condições e perspetivas de remuneração tão boas, relativamente ao mercado, que despoleta um impulso imediato ao especialista para concorrer ou aceitar essa nova atividade laboral. É o caso de alguns quadros do governo português atual que têm menos de 26 anos e exercem cargos de consultores e afins com remunerações acima dos três mil e tal euros mensais, num país com ordenado médio abaixo dos 1000 euros.
Existe ainda o assédio de irresponsabilidade que consiste em apelar aos sentidos e ao aqui e agora, deixando de lado as consequências perniciosas que depois advirão: foi por exemplo o caso dos endividamentos exagerados para ter boas condições de vida imediatas e ter ficado com encargos insuportáveis, ou então devorar aquela boazona como o milho e linda de morrer que nunca se viu, sem qualquer precaução e depois descobrir que apanhou uma doença venérea grave.
CONCLUSÃO
Ter controlo sobre os assédios que nos fazem, é de adulto.
Bloggersapão

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