segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

EUSÉBIO DA SILVA FERREIRA

Eusébio foi tão importante enquanto jogador que várias pais deram esse nome aos seus filhos, nessa onda eu tenho um primo que tem o nome completo deste famoso jogador mais um nome pelo meio só para ser diferente, tal era a intensidade fanática dos adeptos meus familiares àquele a quem cognominaram de “pantera negra”.
Ao chamarem pantera negra aquele desportista de topo do futebol, já denota um certo racismo, pois o homem era hiperpigmentado, tendo a sua pele uma tez castanho escura, mas o facto de aplicarem o nome dele aos filhos castanhos claros (brancos), desfazia todo e qualquer racismo que se pudesse inventar.
Eusébio também foi uma personagem dos Maias, famoso livro do nosso escritor realista Eça de Queirós, mas não conseguiu ter tanta fama como este nosso atleta nascido em Moçambique quando ainda era Português.
O fanatismo pelo futebol do povo português deve-se em muito a este grande português africano que deu muitas vitórias ao seu clube Benfica e à seleção nacional, sendo eventualmente responsável pelo reconhecimento mundial do clube Sport Lisboa e Benfica (SLB para as claques), numa altura em que um jogador jogava toda a vida no mesmo clube e era treinado pelo mesmo treinador em todas as épocas, mudando só quando este morria, se reformava ou adoecia.
Este grande futebolista não recorria a esteroides nem outros artefactos performantes, talvez umas bebidas alcoólicas de vez em quando até contribuíssem para lhe diminuir o vigor atlético, ao contrário dos “esteroides men” atuais que aditivam tudo o que não pode ser apanhado para ter níveis de competição que na realidade não conseguiriam atingir se assim não fosse.
Eusébio, no tempo dele, só teve uma sombra: Pelé, o brasileiro igualmente com tez africana, que muitos consideraram o melhor do mundo mas que outros afirmavam ser o português quem melhor jogava.
Este Eusébio da Silva Ferreira ainda adolescente começou pobremente a jogar ainda em Moçambique com uma bola de trapos, provoando que começar pobre não é desvantagem no estrelato mundial, atualmente há magotes de jovens africanos pobres a ser vistos pelos olheiros dos grandes clubes mundiais e a serem pescados para o estrelato e respetiva odisseia de salto de país em país até à reforma milionária final.
Este nosso grande futebolista pertenceu à mesma época da Amália, do auge da crença em Fátima e do consumo do vinho português sem controlo pela polícia, eram tempos da alegre ditadura fascista do garrafão de vinho.
CONCLUSÃO
Eusébio como um dos estandartes do fascismo português, foi perfeitamente reciclado no regime democrático pós 25 de Abril de 1974, tendo morrido como lenda do futebol mundial.
Bloggersapão

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