sábado, 7 de agosto de 2010

ESPERMA


Se analisarmos desapaixonadamente a palavra, segundo a significância portuguesa, temos a simbiose de “esper” + “ma”:
será que é uma má espera?
Ou será esperto e mau?
Inclino-me mais para esta última abordagem: o esperma é esperto e mau!
O esperma é esperto porque sabe perfeitamente o seu sentido da vida, sem ter tido formação alguma em orientação dentro de sistemas biológicos confinados e mau porque não permite compartilhar com mais ninguém o seu objectivo, além de que não professa qualquer tipo de democracia com os seus irmãos espermatozóides.
Tudo o que tem um sentido muito bem definido de vida ou alvo ao atingir, não permite qualquer tipo de partilha democrática com os seus pares: por exemplo se duas flechas vão direitas ao centro de um alvo, num voo simultâneo, então algures no ar vão colidir, tentando cada uma anular o movimento da outra, nunca compartilham o mesmo espaço para atingir o mesmo objectivo.
O espaço é o principal veículo da ditadura individual! Dado que nenhum objecto consegue ocupar o mesmo espaço tridimensional simultaneamente com outro, então toda a forma de matéria, torna-se ditatorialmente senhora do espaço que ocupa, não cedendo esse espaço para mais nada.


CONCLUSÃO


O esperma é uma forma ditatorial de existência: pois além de ocupar constantemente um espaço só dele, não compartilha a vitória da conquista do óvulo com mais nenhum dos seus pares, provocando ainda um aumento brutal do espaço ocupado pelo fenómeno da sua fecundação.


Bloggersapao

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