domingo, 23 de junho de 2024

NÃO TIVERAM FILHOS

 


- Então qual foi a percentagem de pessoas que não tiveram filhos ao longo da história?





- É uma tarefa complexa de estimar devido à variabilidade dos dados demográficos, culturais e temporais. No entanto, há alguns pontos gerais sobre a taxa de pessoas sem filhos em diferentes períodos e regiões, durante 
a Antiguidade e Idade Média

  • Nas sociedades antigas e medievais, a pressão social e a necessidade de mão-de-obra para agricultura significavam que a maioria das pessoas se casavam e tinham filhos.
  • A mortalidade infantil era alta, e muitos casais tinham vários filhos para garantir que alguns sobrevivessem até a idade adulta.
  • A esterilidade natural, doenças e outros fatores contribuíam para uma pequena percentagem de pessoas que não tinham filhos, possivelmente em volta de 10-15%.


- Na minha opinião achava que nessa época quase toda a gente tinha filhos.






- Já nos séculos XVIII e XIX o que aconteceu foi que

  • durante a Revolução Industrial, as mudanças económicas e sociais começaram a influenciar as taxas de natalidade.
  • nalgumas regiões urbanas, as taxas de natalidade começaram a diminuir devido a mudanças nas condições de vida e de trabalho.
  • mesmo assim, a maioria das pessoas tinha filhos, e a percentagem de pessoas sem filhos pode ter sido à volta de 15-20%.



- Então a Revolução indústrial com todas aquelas alterações que provocou na forma de viver, principalmente na forma de trabalhar, teve um impacto notável na reprodução?!






- Sim sim, a revolução industrial provocou menos disponibilidade de vida, pois passou-se a trabalhar mais horas por semana, deixou-se de trabalhar pelo horário solar de cada dia e passou-se a trabalhar em função do relógio, independentemente da estação do ano.







- Então e nos séculos XX e XXI qual tem sido a situação?
Eu por exemplo ainda não tenho filhos e já tenho 23 anos.








- Nos séculos XX e XXI
  • especialmente nas sociedades ocidentais, o acesso a métodos contraceptivos, mudanças nas normas sociais, e a possibilidade de optar por não ter filhos tornaram-se mais comuns.
  • Em muitos países desenvolvidos, a percentagem de pessoas que não têm filhos aumentou apreciavelmente. Em alguns países, cerca de 20-25% das mulheres não têm filhos.
  • As razões para não terem filhos variam, incluindo escolhas pessoais, problemas de fertilidade, questões econômicas, e mudanças nas estruturas familiares.


- Conclusão

  • Antiguidade e Idade Média: cerca de 10-15% não tinham filhos.
  • Séculos XVIII e XIX: cerca de 15-20% não tinham filhos.
  • Século XX e XXI: a percentagem varia bastante, mas em muitos países desenvolvidos, pode chegar a 20-25%.


- Essas estimativas são gerais e variam apreciavelmente de acordo com a região, cultura e época histórica. Para dados mais precisos, é necessário consultar estudos demográficos e históricos específicos.





Bibliografia

História da Família e Demografia Histórica:
    • Laslett, Peter, et al. "Family Forms in Historic Europe." Cambridge University Press, 1983.
    • Hajnal, John. "European Marriage Patterns in Perspective." In "Population in History: Essays in Historical Demography," edited by David V. Glass and D. E. C. Eversley, London: Edward Arnold, 1965.
  • Revolução Industrial e Mudanças Demográficas:

    • Anderson, Michael. "Approaches to the History of the Western Family, 1500-1914." Cambridge University Press, 1980.
    • Wrigley, E. A., and Roger S. Schofield. "The Population History of England 1541-1871: A Reconstruction." Harvard University Press, 1981.
  • Século XX e XXI:

    • Morgan, S. Philip. "Is Low Fertility a Twenty-First-Century Demographic Crisis?" Demography, vol. 40, no. 4, 2003, pp. 589-603.
    • Frejka, Tomas, et al. "Childbearing Trends and Policies in Europe." Demographic Research, Special Collection 7, 2008.
  • Mudanças nas Estruturas Familiares e Contracepção:

    • Shorter, Edward. "The Making of the Modern Family." Basic Books, 1975.
    • McLaren, Angus. "A History of Contraception: From Antiquity to the Present Day." Blackwell, 1990.
  • Estudos Regionais e Culturais:

    • Kertzer, David I., and Marzio Barbagli, eds. "The History of the European Family." Yale University Press, 2001-2003.
    • Reher, David S. "Family Ties in Western Europe: Persistent Contrasts." Population and Development Review, vol. 24, no. 2, 1998, pp. 203-234.


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