segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A ENTROPIA DOS NÚMEROS NA CIDADANIA

O cidadão começa por receber o número da cama da maternidade, depois recebe um nome que fica agendado numa cédula, bilhete de identidade ou cartão de cidadão, depois vai para o infantário e poderá ter outro número para lá do seu nome.
Quando entramos na escola básica é-nos dado outro número, depois por cada escola diferente por onde passamos ganhamos um número diferente.
Por cada actividade extracurricular que temos impõem-nos um número, se formos sócios de alguma coisa temos um número diferente para cada uma dessas coisas.
Tira-se a carta de condução e é atribuído outro alfa numérico a um novo cartão.
Vamos à tropa e passamos a ser um número diferente de todos os outros.
Ao começarmos a trabalhar vem mais o número fiscal juntar-se aos outros, o da segurança social mais o número de utente e o número mecanográfico referente à empresa. O número fiscal, este ano, passou a ser obrigatório logo na primeira declaração fiscal.
Quando alguém faz uma trafulhice, se tiver dinheiro para pagar bons advogados, consegue-se gerar um labirinto com os respectivos números, códigos e nomes, atrasando indefinidamente os processos judiciais.
CONCLUSÃO
Se temos um nome usando os caracteres alfabéticos e um número usando os caracteres numéricos, sendo diferentes de todos os outros para que servem tantos números na vida da mesma pessoa?
Não se podia usar para todas as instituições, estatais, militares ou civis, esses dois tipos de identificação únicos que diferenciam perfeitamente um indivíduo?
Na minha opinião dois tipos de identificação únicos já são excessivos, bastava um: ou nome ou número.
A desburocratização neste país ainda está muito longe de fazer sentido.
Bloggersapão

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