sexta-feira, 30 de agosto de 2013

MÃO DE OBRA DISPONÍVEL

Não somos uma peça da engrenagem financeira! Então porque é que a imprensa transmite mensagens de economistas e políticos a dizer: - Mão de obra assim e assado! - Mão de obra mais barata! - É necessário maior produtividade! - Disponibilidade laboral do funcionário! - Maior flexibilidade laboral! Todas estas frases são formas de pensar na mão de obra como se fosse realmente umas mãos que independentemente do resto devem estar disponíveis, não ser dispendiosas e serem transportáveis para qualquer lugar que dê melhores lucros para o dono dessas mãos. Mas pressupõe-se que o dono dessas mãos não é o seu corpo mas o seu patrão. Esta filosofia económico-política não bate certo com os direitos fundamentais do Homem em vários pontos, tornando-se mais uma forma de esclavagismo da disponibilidade de quem trabalha para outrem. Por isto eu costumo dizer que é melhor ser patrão do que empregado. Se arranjar um negócio que me dê um volume de negócios de 100 000 €/ano e tiver encargos de 40 000€ em mão de obra e 20 000 € em matéria prima e conservação, então sobra-me 40 000 € de lucro ao fim do ano. Como desta forma não enriqueço, então começo a falar de mão de obra mais flexível e mais barata, em vez de ter quatro trabalhadores passo a ter três com mais flexibilidade ou seja trabalhando mais horas, assim a mão de obra passa a custar-me 30 000 €/ano e são 10 000 € a mais para o desenvolvimento do país. O quarto trabalhador vai à vida e os outros três passam a deixar os filhos na cresce mais tempo ou então arranjam outra solução estranha. A natação que um deles praticava tem de ser abandonada, pois passou a sair mais tarde do trabalho. Outro tem de pagar a uma miúda para tomar conta do filho mais novo, todos os dias durante uma hora depois do ATL, acabando por se envolver com ela e engravidando-a, pelo que teve de se divorciar da mulher de quem tinha já dois filhos. O terceiro deixou de poder levar a mulher do emprego a caminho de casa, gastando agora mais 100 € /mês em transportes. CONCLUSÃO O desenvolvimento do país é o meu bolso como empresário. Bloggersapão

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