segunda-feira, 29 de julho de 2019

VIVER A NATUREZA NA ERA INDUSTRIAL





- Ai ai como é bom estar na natureza a acampar e não estar a levar com a poluição das áreas industriais e das cidades!



- Olha, estou mesmo satisfeita, fui acampar para o Algarve, só foi pena o vento e a temperatura menos boa. É como tu dizes na natureza é que se está bem.




- Acampar ?!...
- Mas foram para a natureza?
- A tenda de campismo era de quê ? De algodão ou linho e tinha uma coberta de seda?
- Prece-me que a tenda era de nailon ou de outras fibras bem sintéticas, talvez tivesse algodão lateralmente.
- Foram para o Algarve?
- Foram a pé? Parece-me que foram de carro, feito com materiais sintéticos e a consumir combustível fóssil, largando o CO2 por essas estradas, deixando borracha dos pneus no asfalto e por aí fora.
- E a lanterna era de madeira ou de plástico e as compra trouxeram-nas num saco de papel feito por uma celulose ou num plástico feito por uma petroquímica?



- Cala-te...
- És mesmo desmancha prazeres!
- O que é que isso interessa para a conversa? Diz-me?


Bloggersapão

terça-feira, 16 de julho de 2019

A FUGA AO FISCO NAS BARBAS DO COMERCIANTE






- Outro dia fui ao Cercal e estava lá a almoçar numa esplanada quando veio um refugiado a vender óculos e outras coisas.
- O indivíduo quando não conseguia vender nada à pessoa pedia-lhe que lhe pagasse qualquer coisa para comer e se a pessoa dissesse que não, o fulano fazia uma careta com um ar crítico como quem fica aborrecido.



- Cercal?
- Onde fica isso?




- Cercal pertence o Concelho de Santiago do Cacém no Alentejo, quem vai de Sines para Vila Nova de Mil Fontes passa no Cercal, povoação que distribui o transito para Mil Fontes e Odemira.





- Mas afinal, Marciálio, qual era o problema do homem?
- Incomodou-te?




- O problema do homem foi o facto de estar a vender sem fatura, logo não pagava IVA do que vendia nem IRC e estava na esplanada de um café de uma povoação que não tem muitos empregos nem grandes negócios, mas que tinham casa aberta a pagar os impostos respetivos.
- O homem quando não conseguiu nada, nem vender nem que lhe pagassem nada, ainda fez um ar crítico, deixando um rasto de má disposição depois de se meter com a pessoa que não conhecia de lado nenhum.
- Eu não tenho que aturar este tipo de abordagens!



- Sempre é melhor isso que andar a gamar?!
- Não achas?!





- Ó Noiteiro, essa é boa, então agora temos que levar com comportamentos provocatórios e ainda ficar agradecidos por não sermos roubados?
- Se isso agora é assim que país é este?


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