terça-feira, 21 de janeiro de 2020

RACISMO COMO ESCUDO




- Então a semana passada o racismo em Portugal foi sublinhado fortemente: foi o estudante do Instituto Politécnico de Bragança, Cabo Verdiano que em Trás-os-Montes foi morto por um pequeno grupo de jovens, foi a Isabel dos Santos que foi acusada de grandes desvios financeiros por um conjunto de jornalistas portugueses e foi a deputada Joceline do Livre que foi posta em causa como política representante do seu partido na Assembleia da República .
- Afinal este país parece ser muito mais racista do que se dizia por aí.



- O estudante Cabo Verdiano foi enterrado em Cabo Verde com uma multidão a assistir, foi lá o reitor do Instituto onde ele estudava e a comunicação social a dar cobertura ao funeral e aos discursos que se fizeram com honras de Estado.



- Mas o rapaz parece que morreu por uma richa daquelas que os jovens atualmente geram do nada quando saem dos bares e das discotecas com muito alcool e muita droga dentro do corpinho.
- Em Janeiro de 2016 em Ponte de Sôr, um rapaz português ficou quase morto porque levou uma sova de dois gémeos iraquianos, filhos de um ex- Embaixador do Iraque em Portugal e não foi considerado racismo pelos portugueses.
- Quando grupos de imigrantes batem e até matam em assaltos, ninguém lhe chama racismo.
- Não percebo o que se passa com estas análises?



- Então e a Joceline que fez um grande alarido durante a propaganda política e mais ainda quando foi eleita e na prática parlamentar não tem cumprido nada do que disse, parece que está lá para ver a banda passar.
- Ela é professora universitária e tem um doutoramento! Não é uma pessoa qualquer?!
- Quando o Partido começou a aperta-la começou a dizer que estava a ser vítima de racismo.



- Então e a Isabel dos Santos que anda há décadas a desviar fortunas de Angola para o seu bolso e perante as acusações de desvios mais que óbvias vem acusar os investigadores de racismo?



- Só não percebo de que racismo está a falar, se é racismo contra a sua metade russa da parte da mãe ou contra a sua metade angolana da parte do pai?




- Há algumas pessoas que fazem o que querem e depois chama-lhe racismo para se desculparem, porque sabem que é uma vulnerabilidade de que ninguém quer ser acusado.
- Mas somos todos adultos e temos ser responsáveis pelos nossos atos independentemente dos ismos.


- Na realidade o estudante de que falaram à bocado até tem ar de boa pessoa, mas devia ter tido azar na situação em que se viu envolvido. Claro que quem fez aquilo tem de ser punido, mas pela violência do que fez, não é para usar isto como bandeira: isto não é Los Angeles em 1992.
- Estes aproveitamentos só servem para manipulação política de massas.
- Quando matam portugueses que têm lojas na África do Sul, em Angola ou em Macau ou até em Cabo Verde, não costumamos fazer funerais em Portugal com honras de Estado nem chamamos aquilo racismo, por amor de Deus.

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